Atualmente, a ideia de sustentabilidade vem crescendo bastante, sendo uma grande aliada daqueles que desejam preservar o meio tão precioso em que vivemos.
Nesse contexto, vale ressaltar que essa atitude começa na própria sociedade. Um bom exemplo é a coleta seletiva em condomínios. Por conta de sua abrangência e eficácia, é uma prática que traz inúmeros benefícios aos moradores e cidadãos de um município.
Mas, de fato, qual a importância da coleta seletiva em condomínios? Como ela pode ser praticada de forma correta? A resposta para essas perguntas você confere a seguir!
Embora seja simples, essa atividade abrange uma série de fatores e pode gerar ótimas consequências para a natureza e para a sociedade. Só para se ter uma ideia da sua importância, quando efetuada com eficácia e máximo interesse, a coleta seletiva possibilita benefícios de curto e longo prazo, tais como:
• Ajuda na preservação do meio ambiente, diminuindo o uso de recursos naturais;
• Diminui a proliferação de ratos e outras pragas urbanas no condomínio e em locais que servem de depósito de lixo;
• Reduz consideravelmente o índice de poluição;
• Gera empregos nos setores de recolhimento e reciclagem do lixo;
• Auxilia no desenvolvimento da economia do país, já que engloba diversas áreas e permite uma redução de custos de forma geral.
• Valoriza o condomínio, pois passa a ter mais um aspecto positivo na gestão.
Coleta seletiva em condomínios nada mais é do que a coleta dos resíduos depois da separação prévia pelos moradores dos apartamentos (ou casas) de acordo com o tipo de resíduo, na coleta seletiva são os recicláveis (metal, papel, plástico, vidros entre outros) e pela coleta convencional os não recicláveis (rejeitos/orgânicos*)
*Lembrando que resíduos orgânicos podem ser transformados em adubo em um processo conhecido como compostagem.
Apesar dos conceitos de reciclagem e coleta seletiva não serem novidade para boa parte da população, eles ainda encontram dificuldade para se estabelecerem na prática. Mesmo que muita gente não tenha o hábito de separar os diferentes tipos de lixo em suas próprias residências, muitos já usam o serviço em praças de alimentação e em alguns prédios comerciais.
Alguns prédios residenciais já tornaram a coleta seletiva um padrão, mas muitos condomínios ainda buscam colocar em prática esse sistema e encontram dificuldades para saber como e onde começar.
Para ajudar a ficar mais fácil implantar a coleta seletiva, disponibilizamos abaixo um guia básico sobre como iniciar a coleta seletiva em condomínios:
Antes de tudo, é necessário lembrar que só se pode implantar a coleta seletiva caso haja espaço e condições adequadas. Definir quais materiais serão coletados e orientar os funcionários a não misturar os sacos de diferentes tipos de resíduos são as primeiras medidas.
Em seguida, os moradores e funcionários devem ser conscientizados da importância do descarte correto, pois algumas pessoas têm pouco interesse ou nenhuma informação sobre o assunto.
Durante todo o processo é importante manter os moradores informados sobre os passos que estão sendo realizados para implantar a coleta seletiva, as mudanças que serão efetuadas, os resultados do projeto e sua manutenção.
Para a continuidade do projeto, é importante que os moradores dos condomínios percebam os resultados e se sintam incentivados a realizarem a coleta seletiva. Por isso, é ideal fornecer dados de monitoramento através de relatórios com a análise dos materiais recicláveis gerados pelos condomínios.
Verificar a quantidade de materiais gerados pelos condomínios é uma parte essencial para o planejamento. Após essa avaliação e a escolha do espaço para armazenamento e fluxo de descarte pelos moradores, será preciso definir quantos coletores serão colocados e quais serão os modelos, Uma solução usada por alguns prédios é o uso de contêineres de plástico, equipamento mais fácil de gerir. A norma dos bombeiros proíbe a disposição de qualquer objeto na passagem das escadas. Desse modo, coletores no hall de serviço de cada andar são inadequados. O mais indicado para a adequada disposição da coleta seletiva é colocar os contêineres próximos aos elevadores de serviço, ou realocá-los para o subsolo e nas proximidades da garagem.
Outra importante questão é sobre o responsável por manipular os materiais. Os profissionais de limpeza devem receber treinamento e usar os equipamentos adequados.
Após o cuidado com esses pontos iniciais, a implantação da coleta seletiva pode ser efetivamente iniciada. É necessário definir a frequência, dias da semana e horários para não acumular materiais no condomínio além da capacidade de armazenamento.
Se seu condomínio não é contemplado pela coleta seletiva da prefeitura uma opção é contratar uma empresa de coleta ou buscar parceria com cooperativas para retirada do material.
Para facilitar a implantação da coleta seletiva e a gestão correta dos resíduos, existem empresas especializadas que oferecem um planejamento específico para condomínios que poderá viabilizar a coleta seletiva em seu prédio onde orientam o processo desde o inicio. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.
No geral, a implantação inclui palestras e treinamentos, instalação de contêineres, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos e fornecimento de sacos vai e vem (ráfia), o que diminui muito o uso de sacos plásticos.
Matéria feita por: Rogerio Ortiz Conzo
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Gestor na R Use, Conselheiro no COMDEMA (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Mairiporã) e ativista ambiental.
Fonte: organizemeucondominio.com.br